Bituruna , Vinhos
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Caderno de Especificações Técnicas:
Delimitação da área geográfica:
Município de Bituruna/PR
Especificações e características:
De acordo com o Caderno de Especificações Técnicas, apenas são autorizadas para os vinhos da
Indicação de Procedência "BITURUNA" para os Vinhos as cultivares Vitis labrusca de variedades
Bordô e Martha, sinônima Goethe e também conhecida como Casca Dura; 100% cultivadas dentro
da área de delimitação geográfica sob o sistema Y ou Latada, com implantação com pé franco ou
enxertada.
São protegidos pela Indicação de Procedência "BITURUNA" os seguintes produtos vitivinícolas:
a) Vinho de mesa branco seco;
b) Vinho de mesa branco suave;
c) Vinho de mesa branco demi-sec;
d) Vinho de mesa tinto seco;
e) Vinho de mesa tinto suave;
f) Vinho de mesa tinto demi-sec.
Essas categorias de vinhos devem respeitar as seguintes características:
a) Os vinhos Casca Dura deverão ser produzidos 100% com uvas Martha originárias do
território da área de delimitação geográfica;
b) Os vinhos Bordô deverão ser produzidos 100% com uvas Bordô originárias do território
da área de delimitação geográfica.
Todos os produtos devem ser elaborados e engarrafados dentro da delimitação geográfica da
indicação de procedência Bituruna.
As características marcantes dos vinhos de Bituruna são a coloração mais tinta (Bordô) e o aroma
mais acentuado de frutas tropicais (Casca Dura), que se devem possivelmente à interação do clima,
solo, média anual de amplitude térmica, relevo e técnicas de plantio.
Nome da Indicação Geográfica:
Bituruna
Produto:
Vinhos
Data de concessão do registro:
18/10/2022
Data da última alteração de registro deferida:
Relação com área geográfica:
De acordo com o requerente, a história dos vinhos de Bituruna teve início ainda em meados de 1940,
quando os patriarcas italianos das famílias biturunenses se instalaram no Brasil e trouxeram consigo
a tradição de beber vinho, além de mudas de videiras para consumo familiar. Anos mais tarde, os
mesmos patriarcas decidiriam iniciar a produção de vinhos para comercialização na cidade.
Por volta do ano de 2001, houve a criação do Projeto Vitivinícola, com o objetivo de melhoria
genética e de produção, para que as práticas até então artesanais se unissem à industrialização
necessária para a produção de vinhos de qualidade.
Ainda nesta época houve o incentivo ao registro das vinícolas junto ao Ministério de Agricultura, as
quais foram registradas entre os anos 2002 e 2007. Quanto mais a cidade crescia, mais o vinho ficava
conhecido regionalmente por seu sabor único e tradição, até conquistar o título informal regional de
Terra do Vinho.
Também em 2002, teve início a Rota do Vinho, projeto vitivinícola planejado pelo poder público,
simbolizada pela tradicional Festa do Vinho, que atrai milhares de turistas para o município todos os
anos. Com o passar do tempo, Bituruna conquistou o posto de maior produtor de vinhos do Paraná, o
que teve como uma das consequências o aumento do reconhecimento do município no que diz
respeito à produção vitivinícola.
Além da participação em eventos, concursos e da conquista de prêmios de qualidade para os vinhos
de Bituruna (como a medalha Gold conquistada pela Vinícola Sanber em 2020 no Wines Of Brazil
Awards), a uva e os vinhos da região também estão presentes nos símbolos oficiais da cidade: a
bandeira, o brasão de armas e o hino do município apresentam claras referências à fruta e à bebida.
Em 2020, a notoriedade e o reconhecimento de Bituruna como grande produtor vinícola foi
consagrada por meio de lei estadual (Lei nº 20.241), que concedeu o título de “Capital do Vinho” ao
município de Bituruna.

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